Queda de Cabelo e Alopecias

O que a maioria das pessoas não sabe é que existem várias causas para a queda de cabelos e por isso, tomar o remédio que a vizinha está tomando provavelmente não dará certo!

Outro engano é acreditar que um xampu ou corte de cabelos pode fazer parar a queda de cabelos.

 

Então o que fazer?

1º É importante consultar um dermatologista que seja estudioso em tricologia (estudo dos cabelos e pelos).

2º O (A) dermatologista irá através da consulta e se necessário, exames laboratoriais, dar um diagnóstico e então indicar o melhor tratamento.

 

Causas mais frequentes de queda de cabelo na mulher

Eflúvio do puerpério (queda após o parto)

É comum após alguns meses do parto surgir uma queda abrupta, de intensidade variável; isto ocorre porque durante o período da gravidez os cabelos permanecem em fase de crescimento (anágena) e poucos caem; após o parto, os hormônios começam a retornar a seus níveis normais, de antes da gravidez e os cabelos que não caíram na época da gravidez, retomam seu ciclo, começando a sofrer apoptose (morte – fase catágena) e posteriormente queda (fase telógena).

Esta queda tem curta duração e se a mulher não apresenta nenhum problema de base, isto não afetará em nada os cabelos, que voltarão ao normal em número e volume. Nem sempre há necessidade de tratamento.

 

Eflúvio agudo

Febre, cirurgias, doenças infecciosas, stress, medicamentos

Estas condições podem levar a uma queda de cabelo cerca de 3 meses após o evento. O tratamento pode ser realizado através de suplementação alimentar e uso de tópicos para estimulação do crescimento capilar.

 

Eflúvio crônico

Alterações dos hormônios da tireóide, anemia, desnutrição

Também causam queda de cabelo, que pode ser abrupta ou insidiosa. Nestes casos é importante a avaliação laboratorial para que o tratamento seja de acordo.

Alopecia androgenética feminina ou alopecia de padrão feminino

É uma queda que na realidade não é queda e sim afinamento e desaparecimento dos cabelos. Esta patologia tem início cedo, logo após a entrada na puberdade e sua gravidade depende de inúmeros fatores.

 

Os cabelos de maneira resumida, apresentam 3 fases de desenvolvimento:

Fase anágena: fase de crescimento: duração em média de 2 a 7 anos

Fase catágena: morte das células, duração em torno de duas semanas

Fase telógena: queda do cabelo, duração em torno de 3 meses

Quando o fio se desprende, outro já está se desenvolvendo no mesmo folículo, dando sequência a outro ciclo.

Na alopecia androgenética, os fios geneticamente afetados, entram em morte celular, cada vez mais jovens, encurtando seu tempo de crescimento. Desta maneira, o fio não consegue atingir o tamanho anterior, nem sua espessura, tornando-se mais fino, mais claro e mais curto. Este processo é chamado miniaturização. Como o tempo, sem tratamento, os fios perdem a capacidade de crescimento tornando se velus (penugem).

Fatores genéticos que levam à AGA: parece ser uma herança poligênica (vários genes envolvidos); podendo ser herdados tanto do lado paterno quanto materno ou dos dois.

Fatores hormonais: a diidrotestosterona (DHT), um hormônio derivado da testosterona, parece ser a responsável pelas alterações que levam ao processo da miniaturização.

Outros fatores: sabe-se que existem outros fatores envolvidos na gênese da alopecia androgenética; alguns estão em estudo, outros ainda desconhecidos.

Na mulher o processo de miniaturização tem maior intensidade na região do vértex ou coroa, mantendo a linha de implantação frontal do cabelo.

O diagnóstico pode muitas vezes ser realizado somente através do exame clínico, quando o quadro é típico. Às vezes é necessário exame complementar como dermatoscopia ou tricoscopia, ou mesmo tricograma ou biópsia transversal.

O sucesso do tratamento depende muito do diagnóstico precoce, do entendimento por parte do paciente, de que esta é uma condição crônica e que por isso deve ter tratamento e acompanhamento constante.

Na mulher jovem podemos utilizar anticoncepcionais associados aos bloqueadores de receptores de hormônios masculino, suplementação alimentar se necessário e tópicos que auxiliam a manter os cabelos na fase de crescimento como o minoxidil.

A finasterida, substância que bloqueia a enzima 5 alfa redutase 2 – responsável pela metabolização da testosterona em diidrotestosterona, pode ser utilizada. Associada aos bloqueadores de receptor de andrógenos, anticoncepcionais, ou sem associação.

O latanoprost (prostaglandina tópica) tem sido utilizado ultimamente e parece ter efeito positivo no crescimento capilar.

Outros tópicos utilizados são a adenosina, os fatores de crescimento, progesterona, alfa-estradiol. Existem também alguns procedimentos realizados em consultório com resultados interessantes, que auxiliam o tratamento: microagulhamento, laser, mesoterapia e outros.

 

Causa mais frequente de queda de cabelo em homens

É a alopecia androgenética; tem início logo após a entrada na puberdade.

Diferente do padrão feminino que geralmente guarda a linha frontal de implantação do cabelo e tende a ter miniaturização global, o padrão masculino costuma estar presente na região frontal, temporal e na coroa, mantendo cabelos normais na região lateral e posterior do couro cabeludo.

Isto se explica pelo posicionamento dos folículos pilosos, que nesta região (da coroa e frontal) são geneticamente susceptíveis a ação da DHT (diidrotestosterona), enquanto os folículos situados nas laterais e região posterior, não, portanto não apresentam miniaturização.

Cerca de 50% dos homens caucasianos apresentam algum grau de alopecia androgenética após os 50 anos.

Nos homens não podemos utilizar os bloqueadores de receptor de andrógenos mas utilizamos a finasterida ou dutasterida oral, tópicos e procedimentos.

A cirurgia também pode ser indicada em muitos casos.

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